Surgido em janeiro de 2007, por meio de uma iniciativa de todas as esferas do governo, Sped é sigla para Sistema Público de Escrituração Digital e integra uma das manobras de desenvolvimento governamental à época, tornando a relação entre o Estado e as pessoas jurídicas mais claras e seguras, no que as empresas têm maior liberdade ao tratar as exigências tributárias do fisco e há mais certeza com relação à organização financeira dos contribuintes.
Modernização da escrituração
A escrituração é uma operação prevista em lei, pela qual o contribuinte (pessoa jurídica) deve ter o registro de todas as suas operações tributárias – lucro, rendimento, etc. – com relação ao fisco (Estado). É um processo sistemático que deve seguir uma ordem preestabelecida, para que todos os registros sejam uniformes e não haja brechas para manobras ilícitas, como, por exemplo, a sonegação. A partir desses registros, o fisco mantém a ordem tributária.
Agora, com a modernização dos sistemas, a partir do avanço tecnológico, há mais praticidade para realizar operações antes trabalhosas e, por vezes, nebulosas. A instituição do Sped é uma transição do físico para o virtual, com o objetivo de deixar para trás as operações com números aproximados, poupar espaço físico e tempo na hora de lidar com os números, afinal, toda alteração financeira deve ser registrada nessa prestação de contas.
A premissa é básica: a validação digital dos documentos, que antes necessariamente precisava ser física (Livros Contábeis), faz com que as pessoas jurídicas ganhem muito mais tempo nessa organização contábil. Sem contar que com a disponibilidade dos números no meio digital, é mais fácil cruzar dados, buscar soluções e melhorar os serviços em geral.
Em meio à crise
Por ser um sistema relativamente novo, é natural que nem todas as empresas tenham aderido ao Sped. Não são todos os negócios que têm condições de fazer parte, mas as grandes e médias empresas já estão consolidando essa nova maneira de se relacionar com as taxas.
Quanto às pequenas, ainda precisarão esperar até que a recessão acabe e haja mais condições financeiras para implementar o método digital. É importante lembrar que foi justamente devido às dificuldades financeiras, no entanto, que as pessoas jurídicas passaram a se preocupar mais com a questão tributária.
A implementação absoluta do Sped ainda vai levar algum tempo, mas se trata de um importante avanço a fim de trazer maior clareza fiscal e melhorias para todos os envolvidos.
Melhorias
Esse gradual abandono do papel é um enorme avanço na agilização dos processos, redução de custos e transparência.
Na prática, com o Sped, não é mais preciso dedicar horas na organização da papelada, o que reduz gastos com emissão de documentos e poupa tempo do fisco, pois a presença física dos auditores fiscais não é mais estritamente necessária. Não só isso, como o meio ambiente também agradece a redução do uso do papel.
Por ser um sistema integrado, os administradores tributários podem trocar e acessar informações com muito mais facilidade, poupando tempo e não abrindo mais tanto espaço para fraudes.
Para mensurar as melhorias possíveis a longo prazo, basta imaginar toda essa agilidade como novo padrão na hora de executar esses processos: tanto as pessoas físicas quanto a administração fiscal sairão ganhando.
Transparência e credibilidade
Já se foi o tempo dos números aproximados e processos totalmente sujeitos aos caprichos e falhas humanas. Com a modernização através das facilidades digitais, é possível oferecer dados concretos e, com isso, as relações se tornam mais claras. Não só para o governo, que naturalmente ganha ao contar com menores chances de fraudes fiscais e não é mais totalmente dependente dos auditores fiscais para administrar as questões tributárias, mas para os acionistas e contribuintes que podem ter fácil acesso aos valores reais gerados pelas empresas.
Com essa exatidão e acessibilidade, os negócios ganham credibilidade e potencial competitivo. A explicação é simples: quando se pode conferir os resultados com facilidade e há certeza nos números apresentados, existe maior segurança na hora de investir em determinado mercado ou estabelecer relações comerciais seguras, sabendo que determinada empresa segue em crescimento ou ao menos mantém suas taxas em dia.
O negociante de pequeno porte ganha poder: conhecendo os seus próprios processos tributários com exatidão e também os processos das empresas rivais, sobretudos das de grande porte, é possível identificar com mais facilidade o que precisa ser melhorado com relação aos gastos e estudar o que está em ascensão.
Mais do que nunca, devido à recessão, é necessário ter grande controle sobre a organização financeira. Sem um planejamento bem pensado e controle total sobre os gastos da empresa, não é possível prosperar em meio às dificuldades financeiras que tomaram conta do Brasil. A implementação do Sistema Público de Escrituração Digital, então, se mostra uma opção cada vez mais atrativa às pessoas jurídicas que pretendem ter controle total sobre seus negócios, estabelecer uma imagem mais confiável no mercado e, por consequência, prosperar.
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